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Eleven
No topo do Parque Eduardo VII, o Eleven abriu em 2004 pelas mãos de Joachim Koerper, quando Lisboa ainda estava longe da cena gastronómica efervescente de hoje. Conquistou uma estrela Michelin poucos meses depois da abertura – a primeira da cidade na altura –, perdeu-a e voltou a ganhá-la, mantendo-a até hoje. Entre menus de degustação e propostas à la carte, a experiência ganha outra dimensão nas mesas junto à janela (a vista para Lisboa é bem bonita).
Seg-Sáb 12.30-15.00/ 19.30-22.00
Bonança
O Bonança ocupa o edifício da Associação Naval de Lisboa, na Doca de Belém, e é impossível não se deixar envolver pela grandiosidade do espaço e pela energia que transmite. O mural de 1940, que retrata o cortejo da embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X, domina a sala e inspira a cozinha, que celebra o mar com pratos como o arroz de carabineiro. À noite, o ambiente transforma-se, com música e espaço para dançar.
Ter 19.00-00.00, Qua-Qui 12.00-00.00, Sex-Sáb 12.00-02.00, Dom 12.00-15.30
Rossio Gastrobar
A vista para o Rossio e para o Tejo conquistam logo à chegada, independentemente da hora. O rooftop é perfeito para se beber um cocktail de Flavi Andrade, uma das melhores na arte da coquetelaria com propostas bem arrojadas. Já na cozinha quem manda é João Correia, com uma carta igualmente irreverente, mas cheia de sabor.
Qua-Dom 12.30-00.00
Fifty Seconds
A experiência começa logo à chegada. É preciso chegar ao topo da Torre da Vasco da Gama para se conhecer o Fifty Seconds. O nome é alusivo ao tempo que a viagem de elevador panorâmico demora. Na cozinha, está Rui Silvestre, à procura da segunda estrela Michelin com um menu de degustação, trabalhado com precisão e mestria, sem medo do risco, feito de especiarias, picante e acidez, fresco e intenso.
Ter-Sex 19.00-22.00, Sáb 12.30-14.00/ 19.00-22.00
Snob Bar
Situado na Rua do Século, o Snob Bar é um marco da noite lisboeta desde 1964. Em 2024, porém, mudou de mãos e foi alvo de obras de renovação, não para se transformar noutra coisa, mas antes para se recuperar a sua essência, criando-lhe também maior conforto. O icónico bife à Snob continua a ser o ex-libris da casa, bem como os croquetes. Não estranhe a porta fechada, é preciso tocar à campainha para entrar. É dos poucos sítios em Lisboa onde é possível comer fora de horas.
Seg-Dom 19.00-02.00
Santa Joana
Foi uma das grandes aberturas de 2024, o projecto ambicioso que trouxe o chef Nuno Mendes de volta a Lisboa – ele que em Londres já ganhou a estrela Michelin em dois projectos diferentes, ambos, entretanto, encerrados. No Santa Joana, no interior do hotel Locke de Santa Joana, o chef apresenta uma cozinha de autor e de conforto, que parte da tradição portuguesa, valorizando produtos locais e sazonais. O espaço é grande, mas ainda assim acolhedor, com destaque para o grande balcão, onde se servem os pratos frios. No final, vale a pena subir ao bar Kissaten para um copo.
Ter-Sáb 18.00-23.00
Turvo
É uma das mais recentes novidades na cidade. Vasco Lello, que soma passagens por alguns restaurantes bem conhecidos da cidade, abriu finalmente o seu restaurante próprio e não podia ter começado de melhor forma. O espaço não é muito grande, mas é acolhedor, com uma esplanada pequena. Quanto à cozinha, é criativa, sem fugir à portugalidade. O nome diz tudo: é uma cozinha sem filtros, directa e cheia de substância.
Qua-Sáb 19.00-23.00
Zunzum Gastrobar
Ainda antes do restaurante onde conquistou uma estrela, o Marlene, a chef Marlene Vieira já dava nas vistas no Zunzum. É um restaurante luminoso e espaçoso, com uma óptima esplanada no Jardim do Tabaco, virado para o Tejo. É descontraído, tal como a oferta gastronómica, pensada para ser partilhada à mesa. A carta tem uma matriz portuguesa, mas aberta ao mundo, com técnicas internacionais. Ao longo do ano, a chef vai ainda promovendo várias semanas especiais no restaurante (já houve a semana da francesinha ou a semana do marisco). Vale a pena ficar atento.
Seg-Qui 12.00-23.00, Sex-Sáb 12.00-00.00, Dom 12.00-17.00
SEM
Uma cozinha criativa e sem desperdício, provocadora e activista. Assim se poderia definir o trabalho de Lara Espírito Santo e George McLeod no SEM, em Alfama, bem perto do Miradouro das Portas do Sol. Assente na micro-sazonalidade, na agricultura regenerativa e na valorização total dos ingredientes, o menu de degustação é um exercício constante de consumo consciente. Há técnica, há sabor e há conhecimento.
Qua-Dom 18.30-23.00
Gancho
Em Alfama, a chef luso-francesa Louise Bourrat, do Boubou’s, abriu o Gancho com o italiano Marco Cossu. À imagem do casal, também o restaurante é irreverente. Luz baixa, música alta (mas não demasiado) e comida de conforto. A carta é fruto das influências dos dois, ora francesa, ora italiana, ora portuguesa. Veja-se o exemplo do arancini de cabidela. Para beber, Marco é mestre de coquetelaria. Quando a cozinha fecha, o Gancho ainda funciona como bar.
Ter-Sáb 19.00-02.00